expiro mil vezes, na tentativa de sair alguma desta podridão que sinto cá dentro...
expiro novamente
continuo podre…
neste momento a única coisa que desejava era conseguir soltar algum deste nojo, deste reboliço de congestões aflitivas.
tudo ainda preso neste buraco, bem mais profundo do que esperavam as minhas veias ressequidas de tanta dor sentir.
lágrimas insistem em correr, mesmo quando as ameaço de nunca mais verem os girassóis na primavera…
correm
quero-te sentir a vir com a corrente, mas apenas te vejo afastares-te cada vez mais como quem sofre por naufragar.
solto sílabas descoordenadas, que insistem em fluir como soluços irritantes.
não pareces compreender
não pareces importar-te
não pareces, sequer, ouvir
perco-me no sofrimento de quem sente os poros borbulharem com ácido sulfúrico… quem talvez comece a perder a esperança de um dia ser... o que pensava já ter sido!
perco-me
molho-me
afastem este vazio de mim… por favor…
perco-me
molho-me
talvez comece a perder a esperança de um dia ser... o que pensei já ter sido!

Anónimo
ufffa!!!... ñ te sabia tão darck mulher!...incrivel prazer masoquista que me proporcionou este texto!...
...you need to talk?!...
bj Synn&r
16 de junho de 2009 às 18:08
JoannaSantos says:
Anónimo, não sei quem és, mas obrigada pela disponibilidade. Simplesmente este texto já foi escrito à coisa de 4anos :)
Estou muito bem neste momento, obrigada!
Apenas a revelar algumas partes de mim...
17 de junho de 2009 às 14:53